Se você é daqueles que está começando (ou pensa em começar) nas atividades de hiking/trekking, acredito fortemente que a Pedra do Baú seja o local ideal para obter as primeiras experiências. O percurso é intenso, mas curto e recheado com trechos que vão desde escadarias de pedras e de mato a subidas por vias ferratas, fazendo do local um ótimo lugar para assimilar diferentes experiências. O local possui 3 pontos de interesse: Pedra do Baú, Pedra do Bauzinho, e Pedra Ana Chata.
Pedra do Baú: Para se chegar ao cume da Pedra do Baú, pode-se escolher fazer através de hiking ou escalada. Para o acesso em hiking, passa-se por via ferrata (grampos e corrimões) com início na face Norte (via ferrata da face sul está interditada por tempo indeterminado devido a desprendimento de rocha), com acesso mais prático pelo Estacionamento Chico Bento (gratuito) ou pelo Restaurante Pedra do Baú (estacionamento pago). Será necessário passar por um pasto local (cuidado com as tortas pelo chão! kkk), adentrar pela mata, subir boa parte do trecho em mata, e chegar à base da Pedra do Baú. Daí por diante, a subida é feita através dos grampos e corrimões da via ferrata. Outro possível caminho é pelo Estacionamento do Bauzinho, onde será preciso contornar a Pedra do Baú para se chegar na base da pedra. É aconselhável o uso de equipamentos de segurança como cadeirinha, mosquetões e etc, para prover um mínimo de segurança. Após passar pelos 600 degraus em 340m de parede, chega-se ao topo com seus 1.964m de altitude, a vista é panorâmica sendo o ponto mais alto da região.
Pedra do Bauzinho: Para chegar na Pedra do Bauzinho, pode-se usar tanto o Estacionamento do Chico Bento (gratuito) como o Estacionamento do Bauzinho (R$10 por pessoa) como pontos de partida. Pelo último, é mamão com açúcar, bastando estacionar o carro a meros 250m do seu topo. O maior atrativo é a vista para a Pedra do Baú.
Pedra da Ana Chata: Para se chegar a Pedra da Ana Chata, acredito que o caminho mais fácil seja pelo estacionamento do Bauzinho, passando por uma trilha ao lado da Pedra do Baú. A trilha para o topo abrange a passagem por uma interessantíssima gruta.
Nosso Roteiro
Planejamos a viagem no meio da semana, com um plano para visitar os 3 pontos do complexo em um único dia. Em 4 pessoas, saímos de São Paulo – SP, às 2:30 da manhã do sábado indo pela via Dutra. Contando as paradas nos postos para abastecer e descansar, chegamos no Estacionamento do Chico Bento às 6:30. Saímos para as trilhas às 7h, com o sol ensaiando aparecer.
Chegamos na base da Pedra do Baú próximo das 8:30 e começamos a subir umas 8:45. A subida não é técnica, apenas com grampos, corrimões de ferro, e trechos de subida por pedras.
Apesar de certa facilidade, o nível de exposição é alto quando subindo pelos grampos em vertical, e a sensação de altura é muito presente durante a subida, então é bom não ter medo de altura e ter muita concentração.
Depois da sessão de fotos, hora de descer…
Já estava chegando gente, e nosso sossego estava ficando comprometido. Até um helicóptero já estava sobrevoando a área.
Ao chegar na base, já haviam caravanas se preparando para subir, com cerca de 30 pessoas pelo menos! Chegar cedo é uma boa idéia… Dali, por diante, e sem saber ao certo se estávamos com tempo, consideramos fazer o Bauzinho.
Mas depois de uma breve análise do horário, resolvemos seguir nosso plano original, fazendo a Pedra da Ana Chata. Estávamos próximos das 11h, e a Ana Chata estava a cerca de 2km.
A caminhada foi relativamente tranquila, com algumas subidas e descidas e a maior parte do trecho indo em trilhas levemente inclinadas.
Já bem próximo da Ana Chata, há uma passagem realizada por entre as pedras, por um tipo de gruta entre elas.
Você sai já na parte de cima, passa por uma escadinha, e depois por um estreito de pedra. E já está no topo. A Pedra da Ana Chata é muito interessante por conta da passagem entre as pedras e pelo visual diferenciado para a Pedra do Baú. No local, você percebe a real altura da Pedra do Baú.
Fizemos nosso almoço no topo da Ana Chata. Eu não resisti e tirei um cochilo logo após. Quando começaram a chegar o pessoal das excursões, nós já estávamos nos arrumando pra sair. Batemos algumas fotinhas de praxe, e pronto. Hora de trilhar até o próximo objetivo: Bauzinho!
A trilha é relativamente longa para os padrões do que já havíamos trilhado, mas nada muito complicado. Após cerca de 2km de caminhada, você chega na intersecção do topo do Bauzinho e o Estacionamento do Bauzinho. Mais 250m e ufa! Lá estávamos!
Chegamos ao topo por volta das 14h. Após a sessão de fotos, hora de voltar. Tivemos que fazer toda a trilha de quase 4km de volta, afinal o Estacionamento do Bauzinho é do outro lado da Pedra do Baú, e não há “atalho” para o outro lado. Bom… partiu voltar!
O trecho de volta não tem dificuldades. Na verdade foi mais fácil pois o trecho é uma trilha levemente inclinada para baixo. Assim, por volta das 16h, chegamos no Estacionamento do Chico Bento. Logo antes de se chegar ao estacionamento, é bacana olhar pra trás e observar a altura da Pedra do Baú. Você certamente pensará: “Uau, eu realmente subi lá em cima?!”.
E às 16:30, hora de pegar estrada pra São Paulo.
Uma aventura incrível no meio da natureza, com visuais fantásticos. E agora, bora atualizar as fotinhas das redes sociais… kkkkk
Custos a Partir de São Paulo
Combustível: R$86,93
Pedágios: R$33,60
Rateado em 4 pessoas, desconsiderando alimentação: R$30,14
Considerações
Vale muito a pena visitar o Complexo do Baú. O caminho é muito bem demarcado e é possível, com um pouquinho de noção e tendo as devidas seguranças, fazer a trilha sem guias. É possível, sim, visitar todos os maiores atrativos em um único dia, com um acumulado de distância próximo de 10km. E as trilhas são fáceis, sendo muito comum encontrar casais de terceira idade, crianças, e até cães (vimos um Basset gordinho no Bauzinho). E pra quem mora em São Paulo, sai barato!
Distância Percorrida
10.55 km
Tempo em Movimento
5h:44m:01s
Ganho de Elevação
865 m
Nosso Grupo
Alexssandra, Cássio,
Marcelo e Mateus
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